Tudo doido solto

Minha mãe tinha uma amiga que sempre dizia isso "é doido, mas é doido solto" Tirando essa frase e a decoração do apartamento da dita cuja, nunca fui muito com a cara dela, devia ser o cabelo, a mulher parecia o caetano veloso, mas eu era pequena e não fazia idéia de quem era o caetano, mas sempre achei ela parecida com o velho raquítico na capa de cd da minha mãe. Agora eu entendo e acho corretíssima a frase, podia ser um mantra, até. Aliás, acho que o que separa as pessoas "normais" do resto dos "doidos", é o controle sobre as próprias neuras. Veja bem, cleptomanieca é só uma pessoa que levou o gosto pelo perigo ao próximo nível, e sociopata é uma pessoa que faz tudo que a gente gostaria de fazer com um vizinho chato ou com o chefe, mas que não tem medo das consequencias. Mas nós, os "normais" somos pessoas meio travadas ao ver deles, disso tenho certeza. Cacoetes, todo mundo tem os seus. Manias, vicios, tiques, chame como quiser, o importante é que cada um tem o seu. E afinal, viver em sociedade é isso, aguentar o tique dos outros. E o amor também é mais ou menos isso, só que um pouco mais complexo: você aguenta, entende e até gosta.

Sobre

Quando eu estou longe do computador, pensar em um assunto pra postar é a coisa mais fácil do mundo, mais fácil até que esticar o braço pra alcançar o controle da tv (se bem que isso é muito dificil de vez em quando) mas é só chegar na frente do teclado que as idéias somem. E quando tentamos forçar as idéias a voltarem, conseguimos no máximo 3 linhas de uma coisa muito mal escrita sobre a qual ninguém comenta. E o que é um blog, caros amigos, além de textos de improviso e comentários mal pensados? Todo mundo que tem um blog deve (deve!) admitir que entra todo ansioso no dito cujo e fica decepcionadinho se não tem um unico comentário apoiando suas idéias. Mas eu sou uma hipócrita nojenta, odeio comentar em blog, porque isso significa LER o que a pessoa escreveu e depois tecer um comentário positivo sobre o texto. Pois bem, sendo eu uma garota emancipada, bem resolvida e sincera, posso contar em uma unica mão os blogs que merecem um comentário positivo sobre.

E aqui é o fim do post, se eu continuar vou me desentender com meus caros amigos e a ultima coisa que eu quero nesse mundo é causar polêmica.

Tava fuçando com meus borbotões...

...num flog qualquer aí duma menina, comecei a clicar nos links que me levavam pra foto anterior e de novo e de novo e de novo e de novo, quando vi, já tinha voltado 3 meses de flog da guria e eu pensei "nossa, em 2 minutos eu passei por 3 meses de vida de outra pessoa". 3 meses é muito tempo, cara, é o tempo do cabelo crescer, dum namoro acabar, de brigar 6 vezes com a mesma amiga, enfim: é muito tempo. Como que 3 meses da sua vida se reduzem a 18 fotos bem tiradas com legendas desconexas? Sei lá, sempre tive mais respeito por uma pessoa que tem um blog (mesmo que ela só poste correntes idiotas da internet ou letras de pagode) do que uma pessoa com um flog cheeeeeio de comentários e fotos com poses diferentes que não diz nada sobre ela. Quer dizer, quem você prefere seguir: o menino com a câmera de 8.2 megapixels ou a menina que filosofa sobre a banalidade da vida moderna?

Quanta coisa será que a gente não percebe na vida? Muitas, com certeza. Mas essa é uma pergunta impossível de responder com certeza, e o motivo é bem obvio. E se a gente deixa passar coisas legais, com a nossa indiferença pelo mundo? E se você deixasse de comprar um cd por 7 pila porque passou direto pela vitrine de uma loja? Na vida todo mundo tem de ser um pouco indiferente pra poder sobreviver as pornochanchadas da vida, mas acho que a gente anda exagerando na indiferença, tanto que ter o nariz empinado pro mundo e ignorar as outras pessoas virou algo cool. A indiferença é algo tão comum que ninguém se incomoda mais quando dá oi pro vizinho no elevador e ele nem responde. Talvez eu tenha acordado muito sensível hoje, mas não custa nada responder, mesmo que o vizinho seja um chato retardado que escuta zeca pagodinho ultra alto de madrugada. E agora, sábias palavras por Hilary Duff:



alguém notou que o post tá sem título?